Sendo o Dia dos Namorados uma data de origem questionável e frequentemente associada a práticas seculares, seria correcto para um cristão participar dessa comemoração? E as igrejas que promovem actividades nesse período estariam incorrendo em erro?
O Dia dos Namorados, ou Dia de São Valentim, tem uma origem complexa e não estritamente cristã. Há relatos históricos que associam essa celebração a um festival romano chamado Lupercália, um evento pagão que ocorria em fevereiro, marcado por rituais de fertilidade. Mais tarde, a Igreja Católica teria associado a data a São Valentim, um bispo que, segundo a tradição, realizava casamentos em segredo contra a vontade do imperador Cláudio II. A história se misturou ao longo do tempo, e hoje o dia 14 de fevereiro tornou-se mundialmente conhecido como uma data dedicada ao amor romântico, mas frequentemente acompanhada de excessos, consumismo e, em muitos casos, imoralidade.
Diante desse contexto, a questão central para o cristão não é simplesmente se a data tem origem pagã, pois muitas práticas culturais que adoptamos tiveram, em algum momento, influências não cristãs (Leia também: É correcto celebrar o Natal em 25 de dezembro?). O mais importante é avaliar se a forma como essa data é celebrada está alinhada com os princípios bíblicos. Em 1 Coríntios 10:31, Paulo ensina: "Portanto, quer comais, quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus." Se a forma como alguém comemora o Dia dos Namorados não glorifica a Deus e dá margem a práticas contrárias à santidade, essa pessoa deve reconsiderar sua participação.
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A Bíblia valoriza o amor e o relacionamento conjugal. O amor entre um homem e uma mulher dentro dos princípios divinos é algo belo e digno de ser celebrado. O próprio Deus instituiu o casamento (Gênesis 2:24) e exalta a pureza do amor no Cântico dos Cânticos. O problema não está em expressar amor e carinho dentro dos padrões de Deus, mas sim na forma como essa expressão ocorre. Infelizmente, o Dia dos Namorados muitas vezes é usado como uma oportunidade para promover paixões desordenadas, sensualidade e até adultério, tudo contrário ao que Deus deseja para Seus filhos (Hebreus 13:4).
Quanto às igrejas que promovem eventos nesse período, é necessário discernimento. Se a intenção é ensinar sobre o amor verdadeiro, a responsabilidade nos relacionamentos e o propósito do casamento segundo a Bíblia, então pode ser uma oportunidade de edificação. No entanto, se a motivação for simplesmente seguir a tendência cultural e dar vazão a comportamentos que não refletem a santidade de Deus, isso se torna problemático. Romanos 12:2 adverte: "E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus." (Leia também: É correcto para um cristão celebrar aniversário?).
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O cristão não deve apenas seguir as tradições do mundo sem reflexão. A melhor abordagem é sempre perguntar: "Isso glorifica a Deus? Isso fortalece minha fé? Isso me conduz à santidade?" Se a resposta for negativa, então é melhor se afastar. Celebrar o amor não é errado, mas deve ser feito de maneira bíblica, sem cair nas armadilhas do mundanismo e da impureza.
VAMOS ORAR?
Senhor Deus, agradecemos pelo Teu amor perfeito e pelo dom dos relacionamentos que Tu nos deste. Pedimos sabedoria para discernir o que Te agrada e para não sermos conformados com os padrões deste mundo. Ensina-nos a valorizar o verdadeiro amor, que vem de Ti, e a viver de maneira santa em nossos relacionamentos. Guarda-nos das influências que tentam nos desviar da Tua vontade e fortalece-nos para honrar-Te em tudo o que fazemos. Em nome de Jesus, amém!
ANTES A MORTE EM BATALHA DE CRISTO, DO QUE NA LAMA COMO COVARDE MORRER (1 Pedro 3:17). ATÉ AQUI, PALAVRA DO SENHOR!
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