23 novembro 2024

A BÍBLIA DEVE FICAR RESTRITA À IGREJA OU TER ESPAÇO NO GOVERNO?

Foto: Cortesia de Veja

PERGUNTA:

Irmão Biblista Lázaro, recentemente (a 22/11/2024) o jornal Folha de S. Paulo, do Brasil, publicou um artigo intitulado "Lugar da Bíblia é na igreja, não no governo". Nesse artigo, o autor argumenta que símbolos religiosos, como a Bíblia, não deveriam estar presentes em espaços públicos, defendendo que isso fere a laicidade do Estado e sugere proselitismo. Ele propõe que a separação entre religião e governo é essencial para garantir a neutralidade. Qual é o seu olhar sobre essa visão? Acredita que tais símbolos, sobretudo a Bíblia, realmente comprometem a imparcialidade ou podem enriquecer a sociedade?

Meu irmão, li atentamente o artigo publicado pelo jornal Folha de S. Paulo de que fazes menção. Amado irmão, verdadeiramente, a relação entre religião e governo é histórica e inegável. Desde as primeiras civilizações, como o Antigo Egipto e a Babilônia, as normas que guiavam a sociedade estavam profundamente enraizadas na crença de uma autoridade superior. O Código de Hamurabi, por exemplo, atribui a origem das leis ao deus Marduk, evidenciando que as normas de justiça e governança sempre buscaram fundamentação em valores transcendentais. Mais recentemente, CS Lewis, em Cristianismo Mero, argumenta que sem uma fonte moral absoluta – como Deus – a justiça torna-se uma questão de conveniência social e perde sua objectividade.

Foto: Cortesia de BBC

A Bíblia, além do texto religioso, é um tesouro cultural e ético. Sua presença em espaços públicos, como bibliotecas e escolas, não deve ser vista como uma imposição religiosa, mas como uma forma de disponibilizar princípios universais que guiam as nações na direcção à dignidade e ao bem comum. Luc Ferry, filósofo ateu, em sua obra A Revolução do Amor, reconhece que os conceitos de igualdade e direitos humanos universais têm raízes no cristianismo, particularmente no ensino bíblico de que todos os seres humanos são criados à imagem de Deus (Gênesis 1:27).

Além disso, governos não existem em um vácuo. Como bem colocado por Paulo em Romanos 13:1-7, toda autoridade é instituída por Deus, sendo o governo um meio pelo qual Ele promove justiça e ordem. A presença de símbolos religiosos, como a Bíblia, em espaços públicos, é um lembrete de que os líderes são chamados a guiar suas nações segundo padrões de equidade e verdade. Mesmo pensadores contemporâneos, como Jordan Peterson, em 12 Regras para a Vida, destacam que os princípios morais bíblicos são fundamentais para sociedades saudáveis, independentemente da crença pessoal em Deus.

Foto: Cortesia de News.ro
Os críticos ateístas que se opõem à presença da Bíblia em locais públicos frequentemente confundem sua descrença em Deus com uma rejeição do texto bíblico como fonte de sabedoria e orientação ética. A Bíblia contém ensinamentos que, quando aplicados, promovem paz, justiça e prosperidade, qualidades essenciais para uma nação forte. Excluir sua influência do discurso público é, no mínimo, negligenciar a riqueza cultural e histórica que ela representa.

VAMOS ORAR?

Senhor Deus, fonte de toda sabedoria e justiça, guia os líderes das nações para que sejam instrumentos de equidade e verdade. Que a Tua Palavra inspire decisões sábias e fortaleça os alicerces morais das sociedades. Amém!

ANTES A MORTE EM BATALHA DE CRISTO, DO QUE NA LAMA COMO COVARDE MORRER (1 Pedro 3:17). ATÉ AQUI, PALAVRA DO SENHOR!

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