PERGUNTA:
Devemos continuar a pagar dízimo nos dias de hoje? Se entregamos o dízimo à igreja, como isso é visto como uma entrega a Deus?
Esta questão sobre a prática do dízimo é recorrente e envolve um entendimento mais amplo do propósito do dízimo tanto no Antigo como no Novo Testamento. No contexto bíblico, o dízimo era uma ordenança dada a Israel, pela qual os primeiros 10% de tudo o que se colhesse ou recebesse eram separados para Deus (Levítico 27:30). Era um sinal de obediência, reconhecimento de que Deus é o provedor e que todas as coisas pertencem a Ele.
Nos dias de hoje, muitos se perguntam se a prática de pagar dízimos ainda é obrigatória, especialmente porque vivemos sob a Nova Aliança. A verdade é que, para os cristãos, a questão do dízimo não deve ser encarada como uma obrigação legalista, mas sim como um princípio de generosidade e devoção. Em 2 Coríntios 9:7, Paulo ensina que "cada um contribua segundo o que propôs no seu coração, não com tristeza ou por necessidade, porque Deus ama ao que dá com alegria". O que significa que, mesmo que o dízimo específico de 10% não seja uma obrigação legal para os cristãos, a prática de dar continua a ser uma expressão de amor, gratidão e compromisso com a obra de Deus.
Mas como é que entregar dízimos e ofertas à igreja local é considerado como uma entrega a Deus? Em primeiro lugar, precisamos lembrar que a igreja é o corpo de Cristo na terra (1 Coríntios 12:27) e, portanto, ao sustentá-la, estamos a contribuir para o avanço do Reino de Deus. Quando damos, estamos a apoiar ministérios que pregam a Palavra, ajudam os necessitados e cumprem o chamado de fazer discípulos. Assim, os dízimos e ofertas entregues à igreja são uma forma tangível de honrar a Deus e promover a Sua missão.
Além disso, Malaquias 3:10 — um texto muito citado sobre o dízimo — descreve Deus a dizer: "Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa." Isso mostra que o dízimo era entregue a um lugar específico (no caso, o templo), mas a intenção era que ele fosse usado para prover as necessidades da "casa de Deus". Da mesma maneira, quando dizimamos nas nossas igrejas, estamos a obedecer ao princípio de sustentar a obra e cuidar das necessidades dos servos de Deus.
No entanto, devemos ter em mente que o acto de dar dízimos e ofertas só é verdadeiramente um acto de adoração a Deus quando feito com o coração certo. Se alguém dá esperando uma recompensa financeira ou por medo de ser amaldiçoado, então esse acto perde o seu valor espiritual. Deus deseja que a nossa entrega seja feita com amor, fé e desejo de ver o Seu Reino crescer. Por isso, a motivação importa mais do que o valor.
Em suma, embora o dízimo, como prática legal, possa não ser obrigatório nos dias de hoje, o espírito de generosidade e contribuição sacrificial é um princípio atemporal. E quando damos com alegria e fé, ainda que seja para uma igreja local, Deus recebe isso como uma oferta feita directamente a Ele. Jesus disse que até mesmo um copo de água dado em Seu nome não ficará sem recompensa (Mateus 10:42), mostrando-nos que Ele observa a intenção e o coração de quem dá. Dizimar é uma oportunidade para demonstrar gratidão e apoio ao Reino de Deus. Embora seja entregue fisicamente à igreja, é considerado uma oferta a Deus porque visa sustentar a Sua obra e servir aos Seus propósitos. Devemos dar, não por imposição, mas com alegria e fé, sabendo que o nosso investimento no Reino tem valor eterno.
VAMOS ORAR?
Senhor, ajuda-nos a entender a importância de dar com o coração certo. Que as nossas ofertas sejam sempre uma expressão de amor e gratidão a Ti. Que cada dízimo e oferta seja para o avanço do Teu Reino e para abençoar vidas. Em nome de Jesus, amém!
ANTES A MORTE EM BATALHA DE CRISTO, DO QUE NA LAMA COMO COVARDE MORRER. ATÉ AQUI, PALAVRA DO SENHOR!
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